• “Adianto aos leitores de meu blog, que ele deve ser lido pausadamente, é de que não conheço a arte de ser claro para quem não deseja ser atento."

  • "Se você tivesse acreditado nas minhas brincadeiras de dizer verdades, teria ouvido muitas verdades que insisto em dizer brincando... Falei, muitas vezes, como um palhaço, mas nunca desacreditei da seriedade da plateia que sorria." Charles Chaplin

terça-feira, 30 de março de 2010

Simulação da Criação do Universo

A primeira etapa de uma das mais ambiciosas experiências da História da física foi concluída, nesta quarta-feira, com sucesso. A Organização Européia de Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em francês), em Genebra, acionou o mais potente acelerador de partículas já construído, o Large Hadron Collider (Grande Colisor de Hádrons, LHC), para tentar reproduzir o Big Bang. O objetivo do projeto, que envolve cientistas de 180 instituições de pesquisa de 50 países - entre eles o Brasil -, é encontrar a origem das massas das partículas e decifrar a origem do Universo. Os resultados do experimento só devem sair no próximo ano.
O LHC está localizado a cem metros sob a superfície, na fronteira da Suíça com a França. As dezenas de pesquisadores que acompanharam o início da experiência comemoraram o resultado positivo da primeira tentativa de colocar em circulação feixes de milhões de prótons no acelerador. Eles conseguiram que as partículas dessem uma volta completa no enorme túnel circular. E o mundo não acabou, como temiam alguns críticos.
Dois feixes de prótons estão circulando num anel de 27 quilômetros em velocidade cada vez maior. Nas próximas semanas, devem chegar perto da velocidade da luz. Em quatro detectores gigantes, os cientistas podem mudar a rota para provocar um choque das partículas e recriar o Big Bang, a explosão que teria dado origem ao universo.
Os primeiros choques de prótons - uma das partículas que formam o átomo - só devem acontecer em alguns meses. Usando poderosos imãs, os cientistas farão os prótons se chocarem à velocidade da luz. Na fração de segundo que se segue à explosão, os prótons dever ser divididos em partículas muito menores. Algumas nunca foram vistas, embora sejam a base teórica da física de partículas.
Entre elas, está o Bóson de Higgs, também chamado de "A partícula de Deus", que seria a responsável pela criação da matéria. A comprovação de sua existência ajudaria a explicar por que as massas são tão diversas.
- O principal objetivo é encontrar o Higgs - diz o brasileiro Alberto Santoro, coordenador do grupo da Uerj que participa da experiência.
Os cientistas procuram também a existência de outras dimensões de espaço e tempo e a explicação para a matéria negra, uma força que compõe grande parte do universo e sobre a qual sabe-se pouco. Nos últimos dias, grupos tentaram impedir na Justiça que o LHC fosse ativado. Eles temem a formação de um buraco negro, uma força gravitacional tão forte que engoliria o universo. Mas os cientistas do Cern provaram que isso acontece no universo naturalmente com muita freqüência e sem destruir o universo.
"Esses processos que a gente vai criar aqui em laboratório de forma controlada ocorrem o tempo todo, em escalas de energia muito maiores do que a gente consegue realizar aqui no laboratório e com uma freqüência muito maior também na natureza. Certamente o universo está aí há bilhões de anos e não foi destruído até hoje", disse a TV Globo o físico André Sznajder, da Uerj e da Cern.
Pode levar meses até que os dados sejam analisados e os resultados desse experimento sejam conhecidos. O projeto é ambicioso. A construção do acelerador começou em 1996, custou 3,76 bilhões de euros e envolveu dez mil cientistas e engenheiros de 580 universidades, incluindo brasileiros (com apoio do CNPq/MCT). Segundo Robert Aymar, diretor da CERN, o LHC proporcionará "descobertas que mudarão nossa visão do mundo, em particular sobre a sua criação":
- Há partículas muito mais pesadas do que as que conhecemos. É o que chamamos de matéria negra. Com o LHC vamos identificar e compreender esta matéria.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 18 de março de 2010

Fragilidade-força humana, Pascal

O homem é apenas um caniço, o mais fraco da natureza; mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota de água é suficiente para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre do que aquilo que o mata, por que ele sabe que morre e conhece a vantagem do Universo sobre ele; mas disso o Universo nada sabe. Toda nossa dignidade consiste, pois, no pensamento. É a partir dele que nos devemos elevar e não do espaça e do tempo, que não saberíamos ocupar.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Lira Paulistana - Mário de Andrade

Garoa de meu São Paulo,
Um negro vem vindo, é branco!
Só bem perto fica negro,
Passa e torna e ficar branco.
Meu São Paulo da garoa,
- Londres das neblinas frias –
Um pobre vem vindo, é rico!
Só bem perto fica pobre,
Passa e torna a ficar rico.

Há um véu denso de ar úmido entre o objeto conhecedor e o objeto a ser conhecido. Não conseguimos ver a realidade tal qual é de fato. O poeta exprime um dos problemas que mais fascinam a Filosofia: como a ilusão é possível? Como podemos ver o que não é? Como a verdade é possível? Qual é a ‘garoa’ que se interpõe entre o nosso pensamento e a realidade?

Santo Agostinho - O Tempo - Confissões

O que é o tempo? Tentemos fornecer uma explicação fácil e breve. O que há de mais familiar e mais conhecido que o tempo? Mas, o que é o tempo? Quando quero explicá-lo, não encontro explicação. Se eu disser que o tempo é a passagem do passado para o presente e do presente para o futuro, terei que perguntar: como pode o tempo passar? Como sei que ele passa? O que é o tempo passado? Onde ele está? O que é o tempo futuro? Onde ele está? Se o passado é o que eu, do presente, espero, então não seria mais correto dizer que o tempo é apenas o presente? Mas, quanto dura o presente? Quando acabo de colocar o ‘r’ no verbo ‘colocar’, este ‘r’ é ainda presente ou já é passado? A palavra que estou pensando em escrever a seguir, é presente ou é futuro? O que é o tempo, afinal? E a eternidade? Santo Agostinho, Confissões.

Ignorância e Verdade

Como já disse Emanuel Kant: não se aprende Filosofia, mas a filosofar. Não podemos aprender automaticamente a filosofia como um conjunto de idéias e sistemas, não podemos fazer um passeio turístico pelos campos intelectuais. Para apreendê-la é preciso uma decisão ou deliberação orientada por um valor: a verdade.
Quando afirmando que a filosofia é um valor estamos dizendo que o verdadeiro confere às coisas, aos seres humanos, ao mundo um sentido que não teriam se fossem considerados indiferentes à verdade e à falsidade.
Ignorar é não saber alguma coisa. A ignorância pode ser tão profunda que se quer a percebemos ou a sentimos, ou seja, não sabemos que não sabemos, não sabemos que ignoramos. Em geral, o estado de ignorância se mantém em nós enquanto as crenças e opiniões que possuímos para viver e agir no mundo se conserva como eficazes e úteis, de modo que não temos nenhum motivo para desconfiar delas, nenhum motivo para duvidar delas e, conseqüentemente achamos que sabemos tudo o que há para saber.
A incerteza é diferente da ignorância porque, na incerteza, descobrimos que somos ignorantes, que nossas crenças e opiniões parecem não dar conta da realidade, que há falhas naquilo em que acreditamos e que, durante muito tempo, nos serviu como referência para pensar e agir. Na incerteza não sabemos o que pensar, o que dizer ou o que fazer em certas situações ou diante de certas coisas, pessoas, fatos, etc. Temos dúvidas, ficamos cheios de perplexidade e somos tomados pela insegurança.
Outras vezes, estamos confiantes e seguros e, de repente, vemos ou ouvimos alguma coisa que nos enche de espanto e de admiração, não sabemos o que pensar ou o que fazer com a novidade do que vimos ou ouvimos porque as crenças, opiniões e idéias que possuímos não dão conta do novo. O espanto e a admiração, assim como antes a dúvida e a perplexidade, nos fazem querer saber o que não sabemos, nos fazem querer sair do estado de insegurança ou de encantamento, nos fazem perceber nossa ignorância e criam o desejo de superar a incerteza.
Quando isso acontece, estamos na disposição de espírito chamada busca da verdade. O desejo da verdade aparece muito cedo nos seres humanos como desejo de confiar nas coisas e nas pessoas, isto é, de acreditar que as coisas são exatamente tais como as percebemos e o que as pessoas nos dizem é digno de confiança e crédito.
Ao mesmo tempo, nossa vida cotidiana é feita de pequenas e grandes decepções e, por isso, desde cedo, vemos as crianças perguntarem aos adultos se tal ou qual coisa "é de verdade ou é de mentira".
Quando uma criança ouve uma história, inventa uma brincadeira ou um brinquedo, quando joga, vê um filme ou uma peça teatral, está sempre atenta para saber se "é de verdade ou de mentira", está sempre atenta para a diferença entre o "de mentira" e a mentira propriamente dita, isto é, para a diferença entre brincar, jogar, fingir e faltar à confiança.
Quando uma criança brinca, joga e finge, está criando um outro mundo, mais rico e mais belo, mais cheio de possibilidades e invenções do que o mundo onde, de fato, vive. Mas sabe, mesmo que não formule explicitamente tal saber, que há uma diferença entre imaginação e percepção, ainda que, no caso infantil, essa diferença seja muito tênue, muito leve, quase imperceptível - tanto assim, que a criança acredita em mundos e seres maravilhosos como parte do mundo real de sua vida.
Por isso mesmo, a criança é muito sensível à mentira dos adultos, pois a
mentira é diferente do "de mentira", isto é, a mentira é diferente da imaginação e a criança se sente ferida, magoada, angustiada quando o adulto lhe diz uma mentira, porque, ao fazê-lo, quebra a relação de confiança e a segurança infantis.
Quando crianças, estamos sujeitos a duas decepções: a de que os seres, as coisas, os mundos maravilhosos não existem "de verdade" e a de que os adultos podem dizer-nos falsidades e nos enganar. Essa dupla decepção pode acarretar dois resultados opostos: ou a criança se recusa a sair do mundo imaginário e sofre com a realidade como alguma coisa ruim e hostil a ela; ou, dolorosamente, aceita a distinção, mas também se torna muito atenta e desconfiada diante da palavra dos adultos. Nesse segundo caso, a criança também se coloca na disposição da busca da verdade.
Nessa busca, a criança pode desejar um mundo melhor e mais belo que aquele em que vive e encontrar a verdade nas obras de arte, desejando ser artista também.
Ou pode desejar saber como e por que o mundo em que vive é tal como é e se ele poderia ser diferente ou melhor do que é. Nesse caso, é despertado nela o desejo de conhecimento intelectual e o da ação transformadora.
A criança não se decepciona nem se desilude com o "faz-de-conta" porque sabe que é um "faz-de-conta". Ela se decepciona ou se desilude quando descobre que querem que acredite como sendo "de verdade" alguma coisa que ela sabe ou que ela supunha que fosse "de faz-de-conta", isto é, decepciona-se e desilude-se quando descobre a mentira. Os jovens se decepcionam e se desiludem quando descobrem que o que lhes foi ensinado e lhes foi exigido oculta a realidade, reprime sua liberdade, diminui sua capacidade de compreensão e de ação. Os adultos se desiludem ou se decepcionam quando enfrentam situações para as quais o saber adquirido, as opiniões estabelecidas e as crenças enraizadas em suas consciências não são suficientes para que compreendam o que se passa nem para que possam agir ou fazer alguma coisa.
Assim, seja na criança, seja nos jovens ou nos adultos, a busca da verdade está sempre ligada a uma decepção, a uma desilusão, a uma dúvida, a uma perplexidade, a uma insegurança ou, então, a um espanto e uma admiração diante de algo novo e insólito.
Em nossa sociedade, é muito difícil despertar nas pessoas o desejo de buscar a verdade. Pode parecer paradoxal que assim seja, pois parecemos viver numa sociedade que acredita nas ciências, que luta por escolas, que recebe durante 24 horas diárias informações vindas de jornais, rádios e televisões, que possui editoras, livrarias, bibliotecas, museus, salas de cinema e de teatro, vídeos, fotografias e computadores.
Ora, é justamente essa enorme quantidade de veículos e formas de informação que acaba tornando tão difícil a busca da verdade, pois todo mundo acredita que está recebendo, de modos variados e diferentes, informações científicas, filosóficas, políticas, artísticas e que tais informações são verdadeiras, sobretudo porque tal quantidade informativa ultrapassa a experiência vivida pelas pessoas, que, por isso, não têm meios para avaliar o que recebem.
Bastaria, no entanto, que uma mesma pessoa, durante uma semana, lesse de manhã quatro jornais diferentes e ouvisse três noticiários de rádio diferentes; à tarde, freqüentasse duas escolas diferentes, onde os mesmos cursos estariam sendo ministrados; e, à noite, visse os noticiários de quatro canais diferentes de televisão, para que, comparando todas as informações recebidas, descobrisse que elas "não batem" umas com as outras, que há vários "mundos" e várias "sociedades" diferentes, dependendo da fonte de informação.
Uma experiência como essa criaria perplexidade, dúvida e incerteza. Mas as pessoas não fazem ou não podem fazer tal experiência e por isso não percebem que, em lugar de receber informações, estão sendo desinformadas. E, sobretudo, como há outras pessoas (o jornalista, o radialista, o professor, o médico, o policial, o repórter) dizendo a elas o que devem saber, o que podem saber, o que podem e devem fazer ou sentir, confiando na palavra desses "emissores de mensagens", as pessoas se sentem seguras e confiantes, e não há incerteza porque há ignorância.
Outra dificuldade para fazer surgir o desejo da busca da verdade, em nossa sociedade, vem da propaganda.
A propaganda trata todas as pessoas, crianças, jovens, adultos, idosos, como crianças extremamente ingênuas e crédulas. O mundo é sempre um mundo "de faz-de-conta": nele a margarina fresca faz a família bonita, alegre, unida e feliz; o automóvel faz o homem confiante, inteligente, belo, sedutor, bem-sucedido nos negócios, cheio de namoradas lindas; o desodorante faz a moça bonita, atraente, bem empregada, bem vestida, com um belo apartamento e lindos namorados.
A propaganda nunca vende um produto dizendo o que ele é e para que serve. Ela vende o produto rodeando-o de magias, belezas, dando-lhe qualidades que são de outras coisas (a criança saudável, o jovem bonito, o adulto inteligente, o idoso feliz, a casa agradável, etc.), produzindo um eterno "faz-de-conta".
Outra dificuldade para o desejo da busca da verdade vem da atitude dos políticos nos quais as pessoas confiam, ouvindo seus programas, suas propostas, seus projetos enfim, dando-lhes o voto e vendo-se, depois, ludibriadas, não só porque não são cumpridas as promessas, mas também porque há corrupção, mau uso do dinheiro público, crescimento das desigualdades e das injustiças, da miséria e da violência.
Em vista disso, a tendência das pessoas é julgar que é impossível a verdade na política, passando a desconfiar do valor e da necessidade da democracia e aceitando "vender" seu voto por alguma vantagem imediata e pessoal, ou caem na descrença e no ceticismo.
No entanto, essas dificuldades podem ter o efeito oposto, isto é, suscitar em muitas pessoas dúvidas, incertezas, desconfianças e desilusões que as façam desejar conhecer a realidade, a sociedade, a ciência, as artes, a política.
Muitos começam a não aceitar o que lhes é dito. Muitos começam a não acreditar no que lhes é mostrado. E, como Sócrates em Atenas, começam a fazer perguntas, a indagar sobre fatos e pessoas, coisas e situações, a exigir explicações, a exigir liberdade de pensamento e de conhecimento.
Para essas pessoas, surge o desejo e a necessidade da busca da verdade. Essa busca nasce não só da dúvida e da incerteza, nasce também da ação deliberada contra os preconceitos, contra as idéias e as opiniões estabelecidas, contra crenças que paralisam a capacidade de pensar e de agir livremente.
Podemos, dessa maneira, distinguir dois tipos de busca da verdade. O primeiro é o que nasce da decepção, da incerteza e da insegurança e, por si mesmo, exige que saiamos de tal situação readquirindo certezas. O segundo é o que nasce da deliberação ou decisão de não aceitar as certezas e crenças estabelecidas, de ir além delas e de encontrar explicações, interpretações e significados para a realidade que nos cerca. Esse segundo tipo é a busca da verdade na atitude filosófica.
Podemos oferecer dois exemplos célebres dessa busca filosófica. Já falamos do primeiro: Sócrates andando pelas ruas e praças de Atenas indagando aos atenienses o que eram as coisas e idéias em que acreditavam. O segundo exemplo é o do filósofo Descartes.
Descartes começa sua obra filosófica fazendo um balanço de tudo o que sabia: o que lhe fora ensinado pelos preceptores e professores, pelos livros, pelas viagens, pelo convívio com outras pessoas. Ao final, conclui que tudo quanto aprendera, tudo quanto sabia e tudo quanto conhecera pela experiência era duvidoso e incerto. Decide, então, não aceitar nenhum desses conhecimentos, a menos que pudesse provar racionalmente que eram certos e dignos de confiança.
Para isso, submete todos os conhecimentos existentes em suas época e os seus próprios a um exame crítico conhecido como dúvida metódica, declarando que só aceitará um conhecimento, uma idéia, um fato ou uma opinião se, passados pelo crivo da dúvida, revelarem-se indubitáveis para o pensamento puro. Ele os submete à análise, à dedução, à indução, ao raciocínio e conclui que, até o momento, há uma única verdade indubitável que poderá ser aceita e que deverá ser o ponto de partida para a reconstrução do edifício do saber.
Essa única verdade é: "Penso, logo existo", pois, se eu duvidar de que estou pensando, ainda estou pensando, visto que duvidar é uma maneira de pensar. A consciência do pensamento aparece, assim, como a primeira verdade indubitável que será o alicerce para todos os conhecimentos futuros.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Documentário sobre o Ateismo

The Atheism Tapes (AS FITAS DO ATEISMO) é uma série de seis documentários para a TV produzida por Jonathan Miller para a Rede BBC, em 2004. Cada um dos seis episódios traz um expoente de determinada área do conhecimento para debater lucidamente questoes fundamentais do ateismo. Participam do documentário:

Colin McGinn (1950, West Hartlepool, Inglaterra) é um filósofo britânico.
Atualmente leciona na Universidade de Miami. McGinn também teve importantes funções no quadro docente da Oxford University e da Rutgers University. Tornou-se conhecido por seu trabalho sobre a filosofia da mente, embora tenha escrito sobre praticamente todos os tópicos da filosofia moderna. A principal das suas obras voltadas para o público em geral é a auto-biografia The Making of a Philosopher: My Journey Through Twentieth-Century Philosophy (2002, traduzido no Brasil como A construção de um filósofo).
Steven Weinberg (3 de Maio de 1933) é um físico estadunidense.
Recebeu em 1979 o Nobel de Física, por seu trabalho de unificação de duas forças fundamentais da natureza (o electromagnetismo e a força fraca, através da formulação da teoria da força electrofraca), em conjunto com os seus colegas Abdus Salam e Sheldon Glashow. Em 1991 foi agraciado com a National Medal of Science. Seu livro "Os três primeiros minutos" é um relato clássico do big-bang. É membro da Royal Society of London, da U.S. National Academy of Science, e recebeu numerosos títulos honorários, mais recentemente nas universidades de Columbia, Salamanca e Pádua.
Arthur Asher Miller (Nova Iorque, 17 de Outubro de 1915 — Roxbury, 10 de Fevereiro de 2005) foi um dramaturgo norte-americano. Conhecido por ser o autor das peças Morte de um Caixeiro Viajante (Death of a Salesman) e de The Crucible (pt - As Bruxas de Salem; br - As Feiticeiras de Salem), e por se ter casado com Marilyn Monroe em 1956. Morreu de insuficiência cardíaca crónica, com 89 anos, em Roxbury, Connecticut.
Clinton Richard Dawkins (Nairobi, 26 de março de 1941) é um eminente zoólogo, etólogo, evolucionista e popular escritor de divulgação científica britânico, natural do Quênia, além de professor da Universidade de Oxford.
Dawkins é conhecido principalmente pela sua visão evolucionista centrada no gene, exposta em seu livro O Gene Egoísta, publicado em 1976. O livro também introduz o termo "meme", o que ajudou na criação da memética. Em 1982, ele realizou uma grande contribuição à ciência da evolução com a teoria, apresentada em seu livro O Fenótipo Estendido, de que o efeito fenotípico não se limita ao corpo de um organismo, mas sim de que o efeito influencia no ambiente em que vive este organismo. Desde então escreveu outros livros sobre evolução e apareceu em vários programas de televisão e rádio para falar de temas como biologia evolutiva, criacionismo, religião.
Ele também defende e divulga correntes como o ateísmo, ceticismo e humanismo. Também é um entusiasta do movimento bright e, como comentador de ciência, religião e política, um dos maiores intelectuais conhecidos no mundo. Esses assuntos são retratados em "Deus, um delírio", livro de sua autoria que se tornou best-seller em vários partes do mundo. Através de diversos fatos científicos, Dawkins nos mostra sua idéia da inexistência de Deus. Em enquete realizada pela revista Prospect em 2005, sobre os maiores intelectuais da atualidade, Richard Dawkins ficou com a terceira posição, atrás somente de Umberto Eco e Noam Chomsky.
Por sua intransigente defesa à teoria de Darwin, recebeu o apelido de "rottweiler de Darwin" (Darwin's rottweiler), em alusão ao apelido de Thomas H. Huxley, que era chamado de "buldogue de Darwin" (Darwin's bulldog).
Daniel Clement Dennett (nascido em 28 de março de 1942, Boston, EUA) é um proeminente filósofo estadunidense.
As pesquisas de Dennet se prendem mormente à filosofia da mente (relacionada à ciência cognitiva) e da biologia. Dennet é ainda um dos mais proeminentes ateus da atualidade.
Para Dennett, os estados interiores de consciência não existem. Em outras palavras, aquilo que ele chama de "teatro cartesiano", isto é, um local no cérebro onde se processaria a consciência, não existe, pois admitir isto seria concordar com uma noção de intencionalidade intrínseca. Para ele a consciência não se dá em uma área especifica do cérebro, como já dito, mas em uma seqüência de inputs e outputs que formam uma cadeia por onde a informação se move. Um dos livros de Dennett é A Idéia Perigosa de Darwin.
Algumas partes deste documentário são bem complexas, pois fazem muitas alusões a outros pensadores. É preciso prestar bastante atenção e ter um acentuado interesse na área. Os episódios vêm em arquivos zip. É preciso baixá-los/salva-los todos primeiro no PC e depois assistir. Segue a fonte para downloads. Boa ascensão intelectual aos nobres interessados e aguardo os comentários.

Downloads: http://rapidshare.com/users/FN7DUY/14