• “Adianto aos leitores de meu blog, que ele deve ser lido pausadamente, é de que não conheço a arte de ser claro para quem não deseja ser atento."

  • "Se você tivesse acreditado nas minhas brincadeiras de dizer verdades, teria ouvido muitas verdades que insisto em dizer brincando... Falei, muitas vezes, como um palhaço, mas nunca desacreditei da seriedade da plateia que sorria." Charles Chaplin

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES

de Geraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
[Refrão] :
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
REFRÃO
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam a antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
REFRÃO
Nas escolas, nas ruas, campos construções
Somos todos soldados armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Um comentário:

MaGeSkI disse...

Compositor e intérprete conhecido pelo caráter basicamente nordestino de sua obra, o paraibano Zé Ramalho só começou a pesquisar com mais afinco esse tipo de música por volta dos 20 anos. Até então, suas maiores influências eram o rock da Jovem Guarda, Beatles e Rolling Stones. Na Paraíba conheceu Alceu Valença e Geraldo Azevedo, com quem começou a fazer música.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em meados dos anos 70, onde Vanusa gravou sua primeira composição de sucesso, "Avorai". Seu primeiro disco individual, "Zé Ramalho", foi lançado em 1978, e partir daí passou a usar mais da fusão entre a música nordestina, o rock e o pop, sendo também reconhecido como poeta e letrista. No ano seguinte gravou os sucessos "Admirável Gado Novo".

De 1981 a 87 lançou um disco por ano, incluindo os sucessos "A Terceira Lâmina", "Força Verde", "Dança das Luzes", "Desejo de Mouro" e "Mary Mar". Na segunda metade da década de 90 sua carreira voltou a se intensificar. Além dos CDs inéditos "Frevoador" e "Cidades e Lendas" lançou a caprichada produção "Antologia Acústica" em 1997 e dois volumes de "O Grande Encontro", ao lado de Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Avezedo.

Lança em 2000 "Nação Nordestina", uma homenagem às personalidades nordestinas brasileiras. A capa é uma paródia da famosa capa do disco "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos Beatles. O álbum recebeu, no ano seguinte, uma indicação ao Grammy latino como melhor disco de música regional.

Em 2001, o artista lança o CD "Zé Ramalho canta Raul Seixas", projeto que vinha amadurecendo há tempos. O disco ganhou uma versão em DVD, do show de lançamento no Canecão, no Rio de Janeiro. Seu último trabalho foi "Zé Ramalho ao vivo". Lançado em 2005, nos formatos CD e DVD, o registro traz os maiores sucessos do cantor. A música que postei acima dispensa qualquer comentário, ela por si só, diz tudo!